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A passagem de Ronaldinho Gaúcho
pelo Flamengo promete gerar bastante dor de cabeça aos dirigentes do clube.
Devido à dívida contraída com o jogador, um sócio do Flamengo entrou com uma
medida cautelar contra a presidente do clube, Patricia Amorim, e o vice-presidente
de finanças, Michel Levy, em que pede o bloqueio dos bens dos cartolas como
forma de garantir uma eventual indenização do clube pelos prejuízos causados
com a contração de Ronaldinho.
No protesto
judicial ajuizado na
26ª Vara Cível do Rio de Janeiro, o publicitário Affonso Romero acusa Patricia
e Levy de gestão temerária, citando o parágrafo 11 do artigo 27 da Lei
9.615/1998, que trata das normas relativas ao desporto no Brasil.
Segundo a legislação, “os administradores de entidades desportivas
profissionais respondem solidária e ilimitadamente pelos atos ilícitos
praticados, de gestão temerária ou contrários ao previsto no contrato social ou
estatuto, nos termos da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Civil”.
A ação judicial está a cargo do advogado Walter Monteiro, do escritório de advocacia Goes,
Monteiro & Tocantins. Segundo o advogado, o protesto levanta a possível
responsabilidade civil dos administradores legais do clube nos prejuízos
envolvendo o contrato com Ronaldinho Gaúcho.
A medida pede ainda que os dirigentes “retomem o curso da moralidade
na gestão e da transparência financeira e administrativa” no decurso do mandato
à frente do clube.
Ronaldinho deixou o Flamengo na última quinta-feira (31/5), quando
decidiu cobrar na Justiça os salários atrasados. Segundo o jogador, o clube lhe
deve cerca de R$ 40 milhões, valor referente a 12 meses de Previdência, Fundo
de Garantia e cinco meses de direitos de imagem. A diretoria do clube,
entretanto, reconhece apenas R$ 5 milhões em direitos de imagem do atleta.
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