sábado, 2 de abril de 2011

Brasileiro processou o U2 e ganhou quase R$ 1 milhão. Agora quer R$ 8 milhões.




Franco Bruni, empresário Brasileiro que organizou a turnê do U2 em 1998 (PopMart), ingressou com ação indenizatória contra o grupo Irlandês, na pessoa do baterista Larry Mullen Jr., há mais de 10 anos, alegando danos morais causados por membros da banda, que o teriam chamado de caloteiro numa entrevista.

À época do show organizado no RJ, vários problemas, imprevistos e transtornos fizeram com que o mesmo fosse um episódio caótico, contando até mesmo com mudança emergencial do local do show.

Em 2000, quando o U2 esteve no Brasil para um evento promocional, ocorreu o suposto “dano” alegado pelo empresário: Bono e Larry o teriam chamado de caloteiro numa entrevista, ao passo que Franco sustenta que honrou com todos seus compromissos, e diz ter todas as provas. O empresário argumenta ainda que desde então passou a ser visto com desconfiança no mercado por eventuais parceiros profissionais.

O mais interessante foi a forma como ocorreu a citação do U2. Em 2006, quando o grupo chegava ao Brasil para um show, o baterista da banda foi abordado ainda dentro do avião por oficiais de justiça, acompanhados de reforço policial, que lhe deram ciência do mandado e dos termos da ação proposta na Comarca de Camboriú.

Ao receber a citação em forma de carta precatória, Larry exarou na mesma: “Eu não li isso e não aceito nenhum dos seus termos”. Luxo de membro do U2.

A decisão foi publicada há cerca de 60 dias: condenação de Larry ao pagamento de R$ 800.000,00, que corrigidos, devem girar em torno de R$ 2.000.000,00. Dois milhões de reais. Um jornalista do “O Globo”, que publicou a entrevista do grupo, foi condenado solidariamente.

Em consulta ao processo, pelo site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, há informação de interposição de apelação, mas não há como se afirmar se é de fato da banda. Todavia, é certo que embargos declaratórios foram apresentados pelo baterista Larry Mullen Jr.



Há a certeza da apelação de Bruni, que, insatisfeito com o valor da condenação, pleiteia a majoração em segunda instância para R$ 8 milhões de reais, valor do cachê que a banda alega não ter recebido, bem como a inclusão de Bono Vox entre os condenados na ação.

Esperamos em breve ter mais notícias acerca do andamento do processo, que, dada a morosidade da Justiça, por tanto tempo tem se arrastado sem um deslinde.

A banda, que tanto se solidariza com as causas humanitárias, dessa vez foi vítima de um revés em causa judicial, que pode vir a causar um rombo milionário nas contas de um ou mais membros.

Diz aí, Bono: o que acha disso tudo?






Thiago Pena

Fonte: Estadão.







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